28 de out. de 2010

Futurismo ou algo assim.

E agora, Sr. Campos, vem consertar o estrago que o senhor me fez.

Sono [por falta de melhor título, não que algum aqui tenha sido satisfatoriamente bom]

Um mês sem postar nada. Mas não quer dizer um mês sem pensar nada, sem sentir nada.

Antes, achei que fosse mesmo isso, que eu não sentisse nada, que tudo fosse um vazio. Mas eu sinto, e como sinto! Eu sinto paixão, sinto dor, sinto desespero, sinto desânimo. É isso que estou, desanimada.

Desanimada no caso por não saber exatamente o que me causa esse desânimo. Depois de um tempo pensando, cheguei a conclusão de que no meio da jornada entre colégio e faculdade, na pressão de passar na USP, na fissura de sempre estar competindo - e vencendo - acabei me afastando de tudo o que gosto.

Hoje não sei bem o que me deixa feliz. Me sinto feliz com meu namorado, me sinto feliz com os poucos amigos que me restaram, e só. E não, não acho isso suficiente, porque eu tenho sede do mundo. Muita sede. Mas nem tudo é um mar cor-de-rosa [ou talvez seja, tem coisa mais bizarra que um mar cor-de-rosa?].

Algumas vezes eu sei que só me sinto sozinha, que precisava de algo que suprisse minhas tardes, alguma motivação besta que não fosse um vicio absurdo por sapatinhos de plástico ou coisas fúteis, ou que fosse simplesmente satisfatório.

Queria alguém pra conversar, pra estar do meu lado, estar disposto a tentar ao menos me entender como eu sou. Sucumbir e me tornar como as pessoas querem me parece algo tão distante e absurdo, além de tão tolidor. É como se eu perdesse minha essência fazendo isso. Mas ela já foi perdida.

Não tem nada de mensagem nenhuma neste post, eu só estava mesmo precisando de algo que não fosse minha gata pra eu poder me abrir um pouco, sem necessidade de conselhos, apenas acolhimento.

Fui parar no meio do mundo, no olho do furação, e estou sem saber o que fazer.

Não é vazio, é só desânimo.